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Mostrando postagens de maio, 2020

Samba em Berlim - parte II

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Continuando a  postagem dos 75 anos do fim da segunda guerra mundial traçamos aqui uma linha sobre o surgimento da mistura de cachaça e coca-cola, e outras influências que a guerra teve sobre nosso consumo e vidas, para acompanhar a parte I é só  clicar aqui . Além da guerra, a música foi uma arma importante para o animo dos pracinhas  Luiz de Barros e o Cinema Nacional Luiz de Barros (1893-1982) era diretor, ator, roteirista, produtor. Lulu Barros como era conhecido possuí  a maior filmografia do cinema nacional, na década de 40 gravou muitos filmes dois deles com relações diretas ou indiretas com a segunda guerra mundial. O primeiro filme é uma comédia musical de 1943 chamado Samba em Berlim estrelado por Dercy Gonçalves e em 1944 foi lançado Berlim na Batucada uma chanchada como era conhecido na época os filmes de comédia musical com caráter popular e um humor ingênuo, o filme também contou com a participação de Grande Otelo. Berlim na Batucada faz uma conexão suben

Samba em Berlim - parte I

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Neste ano de 2020 faz 75 anos que a segunda guerra mundial acabou, nesta postagem vamos falar das influências que essa guerra teve no consumo do Brasil, mais precisamente na mistura de coca-cola com cachaça, vamos entender o contexto histórico desta mistura diplomática. Os Pracinhas Os brasileiros que atuaram nesta guerra eram conhecidos como Pracinhas tinha esse apelido por conta da expressão "sentar praça" que significa se alistar nas Forças Armadas.  O apelido era dado aos soldados rasos que possuíam a patente mais baixa. Para saber mais sobre os pracinhas acesse o link aqui   https://brasil.elpais.com/brasil/2014/04/18/politica/1397851823_514835.html Com o efetivo da Força Expedicionária Brasileira (F.E.B.) de 25 mil pracinhas a ajuda do Brasil foi estratégica, os pracinhas eram compostos em sua maioria por civis de farda assim como o veterano de guerra João Ferreira de Albuquerque diz em entrevista a BBC . A segunda guerra mundial ocorreu de 1

Melhores criadores de conteúdo de 2020

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Recentemente em parceria com o site Mixology News  postamos os melhores criadores de conteúdo do Brasil sobre coquetelaria uma lista que continuará crescendo pela dimensão continental que nosso país possuí. Esta lista do Brasil se originou quando eu vi os criadores de conteúdo indicados pelo Tales of the Cocktail neste ano de 2020, para entender o que acontece lá fora e estudar outras referências compartilho aqui a lista do Tales of the Cocktail . O Tales of the Cocktail foi fundado em 2002 c omo organização sem fins lucrativos. Indica e premia profissionais da área de bebidas dos E.U.A. e do mundo todo, a plataforma Tales of the Cocktail Foundation procura também atuar como um catalisador para educar, promover e apoiar as comunidades de bares e bartenders. A categoria writing & media é composta por cinco subcategorias: Best Cocktail & Spirits Publication (Melhor publicação sobre destilado e coquetel) Best Cocktail & Spirits Writing (Melhor escritor(a) sobr

Mamie Taylor para variar do Moscow Mule

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Um drinque que caiu no gosto dos consumidores brasileiros com certeza foi a variação do Moscow Mule de Marcelo Serrano ele é responsável por substituir ginger ale pela famosa espuma de gengibre, hoje este drinque não é aceito sem espuma pela grande maioria das pessoas aqui no Brasil, mas para quem gosta de gengibre e quer variar um pouco apresento aqui uma opção. Para saber mais da história do Moscow Mule com espuma e sobre a trajetória do Marcelo Serrano ouça o podcast    BarTalks #11 . Mamie Taylor Segundo Robert Simonson  este drinque foi o predecessor do Moscow Mule, Mamie Taylor fez sucesso no começo do século XX.  O drinque era associado com a  Mayme Taylor, cantora de ópera e atriz. Existe também um bar chamado Mamie Taylor's localizado em Vancouver cidade do Canadá que fica próxima a divisa dos E.U.A. que presta homenagem ao drinque e também à cantora/atriz. Com enorme sucesso pré lei seca dos Estados Unidos o coquetel perdeu força depois da liberaç

A cachaça dos bares pt III

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É suspeito eu escrever sobre Agulha pois sou o chefe de bar e tenho uma relação incrível com toda equipe e também liberdade de criação e desenvolvimentos de projetos um deles e o mais recente é a produção da Cachaça Agulha, essa cachaça surge em um momento que a valorização de produtos nacionais nunca foi tão importante, o consumo local, a proximidade com os produtores falar do Brasil é falar de cachaça e através de drinques e eventos culturais que nós do Agulha gostamos de entrar nesta conversa. Para saber mais sobre o Agulha acesse o link que leva direto ao Mixology News http://mixologynews.com.br/bares/agulha-bar/ Agulha Desde 2017 recebendo shows do Brasil e do mundo o Agulha surpreende com uma coquetelaria que representa com personalidade várias localidades  do Brasil  (eu falei que era suspeito). Lança no ano de 2020 a Cachaça Agulha em parceria com a Casa Bucco de Bento Gonçalves-RS. Sobre a Cachaça Agulha Feita em parceria com a Casa Bucco que tem o

A cachaça dos bares pt II

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Continuando a série de postagens sobre a nossa amada cachaça e como os bares conseguem se aproximar ainda mais dos produtores e trazer bebidas exclusivas para o público. GUARITA   O Guarita é um bar situado em São Paulo no bairro de Pinheiros o bar é chefiado pela Alice Guedes e os sócios proprietários são Jean Ponce e Greigor Caisley , o Guarita possui uma ótima seleção de cachaças de alambique e utiliza bastante o destilado em suas criações de drinques, para tornar ainda mais forte essa relação o Guarita lançou não somente um mas sim 2 rótulos com parceria de diferentes marcas a primeira lançada é em parceria com a Princesa Isabel - ES uma purinha que presta homenagem ao guardião do guarita a segunda é em parceria com a Salinissima - MG uma envelhecida edição especial. Jean Ponce e Alice Guedes degustando as cachaças exclusivas do Guarita. Segundo Alice Guedes "a Cachaça branca do Guarita tem notas leves, florais, e desce redondinho".

A cachaça dos bares pt I

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Bares brasileiros que tem como norte uma coquetelaria com ingredientes nacionais tendem a utilizar a cachaça como base de suas criações para aumentar este vínculo ao destilado nacional alguns bares entrelaçam relações com produtores e fazem edições exclusivas de caninha nesta série de postagens destacaremos alguns bares e suas cachaças exclusivas. Bar Pirajá O Bar Pirajá é uma rede de bares paulistas   que   desde 1998 vem retratando a boemia  carioca  nos seus ambientes.  As cachaças  são feitas em parceria  com a  Santo Grau   que possui  3 engenhos em  diferentes  localidades do Brasil (SP, RJ, MG). Provavelmente o bar com mais rótulos exclusivos até hoje possuí 4 cachaças: - Santo Grau Pirajá - Santo Grau Pirajá Velha Guarda  - Santo Grau Pirajá Blend Coletivo 2018 -  Santo Grau Pirajá Blend Coletivo 2019 O blend comemorativo de 20 anos foi desenvolvido  pela Cúpula da Cachaça no ano de 2018. Na esquerda blend 2018, ao centro Pirajá, à direita a velha guarda

Como percebemos uma bebida?

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Quais as percepções sobre uma bebida?  Qual percepção se sobressai sobre outra? O quanto é uma percepção individual? O quanto é parecer técnico? O que é bom? O que é ruim? Cheirinho de café! A resposta para todas essas perguntas é bem extensa, mas o fato é que quando gostamos de algo tem muito mais sobre nossa cultura e sentimento no sabor do que imaginamos. O doce é muito bem aceito no geral, mas isso é uma questão mais fisiológica e evolutiva pois nosso corpo ainda é primitivo e no dulçor ele entende como contendo muitas calorias, algo que precisamos guardar no nosso metabolismo caso houvesse uma caçada ou fugir de algum predador. Diferente do amargo que está muito mais relacionado com veneno do que a um alimento nutritivo, por isso muitas crianças odeiam a maioria dos vegetais, o corpo delas está se defendendo. Uma breve  explicação de como percebemos a bebida e dos sentidos usados. Audição: Um espumante sendo aberto pode ser ouvido em todo ambie